O Paquistão realizou, na madrugada desta quinta-feira (18/1), bombardeios contra o território iraniano, com o saldo de diversas pessoas feridas e ao menos três mulheres e quatro crianças mortas. O ataque é uma reposta à ofensiva do Irã ao território paquistanês, na última terça-feira (16/1), em um ataque aéreo à região do Baluquistão, no Paquistão. Antes, os iranianos haviam lançado ofensivas contra a Síria e o Iraque.
O Ministério das Relações Exteriores paquistanês confirmou o ataque aéreo e disse que “vários terroristas morreram”. “Só posso confirmar que realizamos os bombardeios contra grupos anti-Paquistão dentro do Irã”, disse às agências internacionais de notícias um responsável pelo serviço secreto do Paquistão, que não quis se identificar.
A imprensa iraniana noticiou uma série de explosões no sudeste do país. O ataque acontece dois dias após o Irã ter bombardeado o que chamou de “alvos terroristas” no Paquistão.
Os bombardeios aumentam a tensão sobre o Oriente Médio, já elevada por causa da guerra entre Israel e Hamas e dos recentes ataques contra alvos do grupo rebelde Houthis, no Iêmen.
Sem limites
Ao atacar Paquistão, Síria e Iraque, o Irã informou “não ter limites” para o uso de sua capacidade militar. Além disso, prometeu reagir de forma “dura e decisiva” contra inimigos.
Os bombardeios das forças irananianas ocorreram em resposta ao atentado que matou mais de 100 pessoas na cidade de Kerman, no início do ano. A autoria do ataque foi reivindicada pelo Estado Islâmico.
“Somos uma potência mundial de mísseis”, afirmou o ministro da Defesa do Irã, Mohammad Reza Ashtiani. “Onde quer que queiram ameaçar a República Islâmica do Irã, nós reagiremos, e esta reação será definitivamente proporcional, dura e decisiva”, ameaçou.
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