São Paulo – Com sobrevoos por áreas de represas e matas fechadas, a Força Aérea Brasileira (FAB) encerrou, nesta quarta-feira (10/1), o décimo dia consecutivo de buscas pelo helicóptero que sumiu na véspera do Ano-Novo, na região do Vale do Paraíba, em São Paulo, sem encontrar pistas da aeronave ou dos seus quatro tripulantes.
Segundo a FAB, as buscas pelo helicóptero que desapareceu do radar já somam cerca de 122 horas de voo (veja abaixo). A ação é feita a bordo da aeronave SC-105 Amazonas, equipada com radar capaz de mapear terra e mar, e do helicóptero militar H-60 Black Hawk.
“As buscas, mesmo prejudicadas pelas condições meteorológicas e pelo relevo montanhoso na região, ocorrem desde a segunda-feira (1/1). A área total de buscas é de cinco mil quilômetros quadrados. O helicóptero ainda não foi localizado”, diz a FAB.
Além de vestígios do helicóptero, as equipes buscam o paradeiro do piloto Cassiano Teodoro, de 44 anos, e dos três passageiros: Raphael Torres, 41; Luciana Rodzewics, 45, e Letícia Ayumi, 20.
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Buscas
O helicóptero de modelo Robinson R44 e prefixo PR-HDB partiu do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, em direção a Ilhabela, no litoral norte do estado. A aeronave foi localizada pela última vez no radar por volta de 15h20 do dia 31/12.
Pouco antes de a aeronave desaparecer, Letícia enviou mensagens para o namorado avisando sobre as más condições climáticas. Ela gravou um vídeo (veja abaixo) em que o helicóptero aparece totalmente coberto por neblina, sem nenhuma visibilidade.
Nesta terça, a CBA Investimentos, empresa responsável pelo helicóptero que desapareceu no Vale do Paraíba no último dia 31, levou Clara Silvia, irmã de uma das passageiras e tia de outra, para a região das buscas.
Após reunião no Campo de Marte, Silvia e Thais Gianlorenço, advogada da CBA, decolaram rumo a Paraibuna por volta das 11h30. No início da tarde, Silvia publicou uma imagem em uma rede social e escreveu: “Vou fazer de tudo para encontrar vocês”.
Sinal de celular
Nesta quarta, o Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil, confirmou que uma antena de Paraibuna identificou sinais do aparelho celular de Raphael Torres.
A mesma antena já havia captado sinal emitido pelo smartphone de Luciana Rodzewics, que também estava no aparelho.
Segundo o Dope, sinais do celular de Raphael foram registrados até as 23h54 do dia 31 de dezembro.
No caso de Luciana, o aparelho emitiu sinais que foram identificados pela antena até às 22h14 do dia 1° de janeiro, cerca de 33 horas após a decolagem em São Paulo.
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