O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, criou o “Grupo Executivo para o desenvolvimento de ações de prevenção e controle às doenças transmitidas pelo Aedes”, em publicação extra do Diário Oficial do DF (DODF) desta sexta-feira (26/1). O texto ainda institui a Sala de Coordenação que adota medidas de contenção e enfrentamento das enfermidades provocadas pela dengue.
As publicações acontecem após o GDF declarar, nessa última quinta-feira (25/1), situação de emergência na saúde pública, devido à explosão de casos da dengue e ao risco de epidemia de dengue e outras arboviroses. O Grupo Executivo conta com diversos órgãos, desde a Casa Civil e a Secretaria de Saúde até a Novacap e a Secretaria de Economia, por exemplo.
“O Grupo Executivo poderá atuar em conjunto com órgãos federais em ações de prevenção e mitigação às doenças transmitidas pelo Aedes. O Coordenador pode convocar, a qualquer tempo, os demais órgãos e entidades da Administração Pública para a consecução dos objetivos propostos neste Decreto, bem como convidar representantes de entidades privadas para colaborar com as atividades do Grupo”, trazem alguns trechos do texto.
A formação é coordenada pela Casa Civil, não há remuneração dos membros e as atividades contarão com um espaço físico disponibilizado pela Secretaria de Saúde.
Cenário
A capital federal registrou 16.079 casos prováveis da doença, entre 1º de janeiro e o último sábado (20/1). O total representou um aumento de 646,5% em relação ao mesmo período de 2023.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, atualizados na manhã dessa quinta-feira (25/1), o Distrito Federal possui a maior incidência de casos prováveis de dengue no Brasil, registrando 477 ocorrências da doença a cada 100 mil habitantes só em 2024. O número coloca a capital federal como local com mais casos proporcionais de dengue no país.
Em meio ao aumento de casos de dengue, Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero Martins. Ele era responsável pelas políticas de combate à dengue da Secretaria de Saúde.
Dengue, Zika e Chikungunya: saiba como diferenciar as doenças:
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Dengue, Zika e Chikungunya são doenças cujos nomes são conhecidos no Brasil. Os três vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, têm maior incidência no país em períodos de chuva e calor, e apresentam sintomas parecidos, apesar de pequenas sutilezas os diferenciarem
Joao Paulo Burini
Febre, dor no corpo e manchas vermelhas são sintomas comuns de todas as doenças. Apesar disso, a forma distinta como evoluem, a duração dos sintomas e o grau de complicação são algumas das diferenças entre elas
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Estar atento aos sinais e saber identificar as distinções é importante para um diagnóstico e tratamento precisos, pois, apesar do que se pensa, essas doenças são perigosas e podem matar
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Na dengue, os sinais e sintomas duram entre dois e sete dias. As complicações mais frequentes, além das já mencionadas, são dor abdominal, desidratação grave, problemas no fígado e neurológicos, além de dengue hemorrágica
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Além disso, dores atrás dos olhos e sangramentos nas mucosas, como a boca e o nariz, também podem acontecer em pacientes que contraem a dengue
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Os sintomas da zika são iguais aos da dengue, só que a infecção não costuma ser tão severa e passa mais rápido. Há, no entanto, um complicador caso a pessoa infectada esteja grávida
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Nestas situações, a doença pode prejudicar o bebê em formação causando microcefalia, alterações neurológicas e/ou síndrome de Guillain-Barré, no qual o sistema nervoso passa a atacar as células nervosas do próprio organismo
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Já os sintomas da chikungunya duram até 15 dias e, segundo especialistas, provoca mais dores no corpo, entre as três doenças
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Assim como a infecção pela zika, a chikungunya pode resultar em alterações neurológicas e síndrome de Guillain-Barré
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Apesar de não existirem tratamentos para as doenças, há medicamentos que podem aliviar os sintomas, bem como a indicação de repouso total. Além disso, aspirinas não devem ser utilizadas, pois podem piorar o quadro do paciente
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Caso haja suspeita de infecção por qualquer um dos vírus, é importante ir ao hospital para identificar do que se trata e, assim, iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível
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O Aedes aegypti é um mosquito que se aproveita de lixo espalhado e locais mal cuidados e é favorecido pelo calor e pela chuva. Por isso, impedir a presença de água parada em sua casa, rua e empresa é o suficiente para travar a proliferação do inseto
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A campanha de vacinação contra a virose começa em fevereiro, com especial atenção para as regiões endêmicas, em 521 municípios brasileiros (9% do total).
A escolha das prioridades seguiu três critérios: municípios de grande porte (com mais de 100 mil habitantes); com alta transmissão da dengue registrada em 2023; e com maior predominância de casos do tipo 2 (Denv-2).
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