Para pular Carnaval com animação, é preciso de muita energia. Especialistas da Secretaria de Saúde (SES-DF) orientam que ter uma alimentação leve e equilibrada, além de observar a ingestão de água, faz toda a diferença na hora de se divertir.
Os quatro dias pulando o Carnaval levam a um gasto calórico aumentado. A orientação, segundo a nutricionista e diretora de Atenção Secundária e Integração de Serviços (Dasis) da SES-DF, Gabriela Camargo, é ter uma alimentação leve e com todos os nutrientes necessários. “Vale pensar em uma refeição que contenha todos os carboidratos, proteínas, vegetais e frutas necessárias. Deve-se evitar comidas gordurosas, porque são de difícil digestão e causam sonolência”, explica.
Entre os alimentos sugeridos, a especialista indica oleaginosas – como castanha-de-caju e castanha-do-pará -, frutas secas e barras de cereais. Os cuidados, porém, não se limitam à alimentação: é preciso ter cautela com a ingestão de bebida alcoólica. “Recomendo beber de forma moderada, uma vez que pessoas que bebem muito costumam pular refeições ou não fazê-las de forma nenhuma, o que traz prejuízos à saúde”, detalha a nutricionista.
Manter-se hidratado, nestes momentos, é o diferencial e, de acordo com Camargo, a ingestão não precisa ser restrita à água mineral, podem ser consumidos água de coco ou suco de frutas naturais.
“A dica de ouro é sempre ingerir líquidos, como água e água de coco, por exemplo. No calor, com a transpiração, o ideal é evitar as bebidas com muito açúcar, como os refrigerantes”, explica a nutricionista Raquel Rabelo, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Taguatinga.
Segundo a especialista, o ideal é que a ingestão ocorra antes, durante ou após as festas. “Isso ajuda a compensar a perda de líquidos causada pelo suor associada ao consumo de bebidas alcoólicas”, detalha. “Outra dica é alternar o consumo de álcool com de água, para evitar males ao organismo”, completa.
“Recomendo beber de forma moderada, uma vez que pessoas que bebem muito costumam pular refeições ou não fazê-las de forma nenhuma, o que traz prejuízos à saúde” Gabriela Camargo, nutricionista
Comida de rua
Outra precaução dos profissionais de saúde é em relação aos alimentos vendidos na rua, em quiosques, isopores, carrinhos. “Normalmente, há o risco de mau armazenamento, podendo gerar intoxicação alimentar”, complementa a especialista.
A gerente de Alimentos da Vigilância Sanitária da SES-DF, Dillian Silva, recomenda que os foliões procurem consumir alimentos pré-embalados e sempre verificar a procedência.
Outras orientações incluem: certificar-se de que os alimentos servidos quentes estejam efetivamente aquecidos e os que devem ser consumidos frios estejam devidamente refrigerados; evitar alimentos que não estejam armazenados corretamente; e observar a aparência do óleo em casos de frituras. Se houver suspeita de intoxicação alimentar, com sintomas como náuseas, vômitos, diarreia e febre, o ideal é buscar assistência médica.
De forma geral, Silva reforça que a fiscalização estará presente neste Carnaval não somente nos quesitos de alimentação, mas em outros pontos para garantir a segurança dos foliões. “Verificamos, por exemplo, se os ambulantes estão autorizados a vender nos blocos carnavalescos. Também fazemos uma análise sanitária dos postos de atendimento à saúde, ambulâncias e quantitativo de banheiros químicos disponíveis”, detalha.
Dicas rápidas
Leia também
⇒ Procure se alimentar com opções leves e saudáveis, como frutas, cereais integrais e boas fontes de proteínas;
⇒ Confira a data de validade dos alimentos e bebidas que for consumir;
⇒ Quando for comer na rua, evite alimentos muito manipulados, gordurosos e preparações com molhos, recheios e coberturas, especialmente em bisnagas, que são proibidas;
⇒ Evite o consumo excessivo de álcool e sempre intercale com água. Mantenha-se bem hidratado;
⇒ Certifique-se de que os alimentos que devem ser servidos quentes estejam efetivamente aquecidos e tenham sido produzidos recentemente; já os alimentos a serem consumidos frios têm de estar devidamente refrigerados;
⇒ Evite alimentos que não estejam armazenados corretamente, em embalagens adequadas e expostos ao ambiente (sol, chuva, vento etc);
⇒ Se for comer alimentos fritos no local, evite aqueles em que o óleo apresentar alteração de cor, odor ou textura.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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