Por: Kelven Junio
Uma jovem de 22 anos, natural de Curitiba, foi resgatada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após ser mantida em cárcere privado. O resgate aconteceu nesta segunda-feira (27) e revelou um caso perturbador de relacionamento abusivo e violência psicológica.
A vítima havia se mudado para Brasília com a intenção de iniciar um relacionamento com uma mulher que conheceu através de um aplicativo de namoro. Após informar a família sobre a viagem, ela desapareceu das comunicações habituais, gerando preocupação. Na última quarta-feira (22), a mãe da jovem recebeu uma mensagem de texto alarmante, na qual a filha pedia socorro, informando que estava sendo mantida em cárcere privado, sem acesso ao telefone ou permissão para sair de casa sozinha.
Imediatamente após receber o pedido de ajuda, a mãe procurou a polícia em Curitiba. Este ato desencadeou uma operação conjunta entre o 13º Distrito Policial de Curitiba e a Divisão de Repressão a Sequestros da PCDF.
As investigações rapidamente apontaram para uma mulher de 41 anos, já conhecida por histórico de violência doméstica, como a principal suspeita. Na noite seguinte ao registro do crime, os agentes localizaram o endereço da suspeita e procederam com a operação de resgate.
A jovem confirmou aos policiais que estava vivendo uma relação abusiva. Segundo ela, a situação se agravou quando tentou terminar o relacionamento no início do mês. A suspeita, então, confiscou o chip do celular da vítima, apagou todos os contatos e mensagens do WhatsApp, e começou a monitorar seus movimentos constantemente. A jovem foi forçada a trabalhar na casa, onde funcionava uma fábrica de tijolos de cimento, sem receber salário.
A suspeita foi presa em flagrante pelo crime de cárcere privado, associado às disposições da Lei Maria da Penha, que visa proteger mulheres em situações de violência doméstica. A vítima, após o resgate, retornou para Curitiba para se reunir com sua família.
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