Por: Poliane Ketlen
Edite Gomes da Silva Santos, de 73 anos, foi encontrada morta com sinais de violência dentro de sua casa no Guará quase um mês após registrar um boletim de ocorrência contra seu filho por furto e violência doméstica, com base na Lei Maria da Penha.
No fim de abril, o homem de 43 anos voltou a morar com a mãe. Poucos dias depois, ele expressou o desejo de levar uma mulher para morar na casa, mas Edite negou. Segundo o relato de Edite à polícia, ao receber a negativa, o filho pegou sua bolsa contendo documentos, dinheiro e cartões, colocou tudo em uma sacola e deixou o local.
Com medo do filho, Edite denunciou o caso em 3 de maio e solicitou medidas protetivas de urgência contra ele. Contudo, o pedido foi indeferido pela Justiça. Na sentença, o juiz responsável argumentou que "no pedido" não estava "satisfatoriamente caracterizada situação de violência doméstica fundada em motivação de gênero", afirmando que o "fundo do conflito entre os envolvidos" estava relacionado a "questões afetas a bens patrimoniais".
A trágica morte de Edite levanta questões sobre a eficácia do sistema de proteção às vítimas de violência doméstica, especialmente quando as denúncias envolvem familiares e questões patrimoniais. As circunstâncias de sua morte estão sendo investigadas, e o caso reforça a importância de uma avaliação mais criteriosa das solicitações de medidas protetivas.
As autoridades continuam trabalhando para esclarecer os detalhes do caso e garantir que a justiça seja feita.
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