"/>" title="banner-title"/>

Mulheres Protestam Contra Projeto de Lei que Equipara Aborto de Gestação Avançada ao Homicídio no DF

Por: Jornalista Kelven Andrade

Na noite desta quinta-feira (13/6), milhares de mulheres saíram às ruas de várias cidades brasileiras para protestar contra o Projeto de Lei 1904/2024, que propõe equiparar o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação ao homicídio. A manifestação ocorreu simultaneamente em capitais como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre, refletindo a forte oposição ao projeto, que será analisado pela Câmara dos Deputados em regime de urgência.

O Projeto de Lei 1904/2024

O PL 1904/2024 prevê que o aborto realizado após 22 semanas de gestação seja considerado homicídio, mesmo em casos de gravidez resultante de estupro. As penas propostas variam de seis a 20 anos de prisão para as mulheres que realizarem o procedimento. A medida altera significativamente a legislação atual, que permite o aborto em casos de estupro, risco à vida da mãe e anencefalia, sem especificar um tempo máximo de gestação para a interrupção.

Contexto Legislativo e Decisão de Urgência

Na noite de quarta-feira (12/6), a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para a votação do projeto. Isso significa que o PL pode ser votado diretamente no plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas para discussão prévia.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou que a decisão de colocar o projeto em regime de urgência foi resultado de um acordo entre os líderes partidários. A medida foi recebida com críticas por diversos grupos, que argumentam que a discussão sobre o aborto deve ser amplamente debatida e não acelerada de maneira tão abrupta.

Histórico e Contexto Legal

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em três situações: quando a gestação resulta de estupro, quando há risco à vida da mãe e em casos de anencefalia do feto. As penas variam de um a três anos para a mulher que provoca o aborto, e de três a dez anos para quem realiza o procedimento sem consentimento da gestante.

Recentemente, em maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibia o uso da assistolia fetal para interrupção de gravidez. Esse procedimento é utilizado em casos permitidos pela lei atual, como nos abortos resultantes de estupro.

Reação Popular e Mobilização

As manifestações desta quinta-feira foram organizadas por diversos movimentos feministas e de direitos humanos, que convocaram as mulheres a expressarem sua indignação contra o PL 1904/2024. As ruas de várias cidades foram tomadas por faixas, cartazes e cânticos exigindo o respeito aos direitos reprodutivos e denunciando a proposta legislativa como um retrocesso.

SAIBA MAIS:

Mulheres Protestam Contra Projeto de Lei que Equipara Aborto de Gestação Avançada ao Homicídio no DF Mulheres Protestam Contra Projeto de Lei que Equipara Aborto de Gestação Avançada ao Homicídio no DF Reviewed by SANTOS CAMPOS on junho 14, 2024 Rating: 5

Nenhum comentário:



RANDOM / BY LABEL (Style 1)

label: 'random', num: 6, showComment: true, showLabel: true, showSnippet: true, showTime: true, showText: 'Show All'
Tecnologia do Blogger.