Por: Poliane Ketlen
Tânia Medeiros, uma moradora da Cidade Estrutural há 23 anos, compartilha sua jornada de lutas e conquistas em busca de condições dignas de moradia e acesso à água encanada. Em suas palavras, Tânia expressa o impacto profundo que a chegada da água potável trouxe para sua vida e para a comunidade onde vive.
Desafios Iniciais e Esperança
Quando Tânia chegou à Estrutural, seu sonho era simples, mas essencial: ter uma casa própria com acesso à água encanada. Antes disso, ela e sua família dependiam de caminhões-pipa para abastecer tambores improvisados, enfrentando dificuldades diárias para realizar tarefas básicas como tomar banho e lavar roupa. O medo constante de contaminação e a incerteza sobre a origem da água eram constantes preocupações.
A Realidade Dura da Falta de Água
Tânia descreve como era viver sem água encanada, especialmente nos períodos em que o abastecimento falhava. Durante doze longos dias sem água, a falta de um comprovante de residência dificultava ainda mais sua capacidade de exigir seus direitos básicos. Noite após noite, ela e sua família improvisavam, usando panos molhados para remover a poeira e proporcionar algum conforto mínimo para seus filhos.
A Transformação com a Chegada da Água Encanada
A chegada dos carros da Caesb, responsáveis pelo abastecimento regular de água, marcou um momento de esperança e celebração para Tânia e sua comunidade. Pela primeira vez, ela sentiu que estava alcançando um nível de segurança e dignidade que antes pareciam distantes. O simples ato de abrir a torneira e ter água corrente para lavar louça e cozinhar se tornou um símbolo de independência e normalidade.
A Dignidade Restaurada
Para Tânia, receber a primeira conta de água foi um marco de orgulho e independência. Pela primeira vez, ela tinha um comprovante em seu nome, uma prova tangível de sua residência e participação na sociedade. O ato de pagar pela água agora era mais do que uma obrigação; era um sinal de pertencimento e conquista.
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