O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta segunda-feira (16), o Comitê de Proteção à Mulher na Estrutural, o quarto espaço voltado exclusivamente ao atendimento, proteção e acolhimento de vítimas de violência doméstica e familiar. O comitê funcionará dentro da administração regional da cidade.
Durante a cerimônia de inauguração, a vice-governadora Celina Leão destacou que a criação desses comitês foi autorizada pela Lei nº 7.266/2023, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha. O objetivo central é oferecer proteção e promover os direitos das mulheres em situação de violência. Nesses espaços, as vítimas receberão um atendimento humanizado e especializado, voltado àquelas que tiveram seus direitos violados. “É um local onde a mulher encontrará acolhimento. Muitas vezes, elas não querem, de imediato, recorrer à delegacia. Primeiramente, buscam compreender a situação, e aqui elas terão equipes preparadas para oferecer o suporte necessário”, explicou a vice-governadora.
Além da Estrutural, já há comitês funcionando em Itapoã, Ceilândia e Lago Norte. A meta é finalizar o ano com sete unidades ativas, com as próximas localizadas em Águas Claras, Santa Maria e Sobradinho. “O GDF assumiu o compromisso de ampliar o número de comitês para, inicialmente, sete unidades. Há uma demanda espontânea das regiões administrativas para a criação de mais espaços”, afirmou Celina Leão.
A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, ressaltou a importância de facilitar o acesso das vítimas de violência às informações e aos serviços oferecidos pelo governo. “A informação liberta e encoraja a mulher a procurar ajuda. Nos comitês, elas têm diversos caminhos e encaminhamentos conforme suas necessidades. O foco é que se sintam acolhidas e saibam que o Estado está presente”, enfatizou.
A iniciativa de implementar o comitê dentro da administração regional partiu da própria administração da cidade, com o intuito de centralizar o atendimento em um local de fácil acesso à população. “Embora a cidade não seja grande, muitos moradores precisavam buscar atendimento em outras regiões. Disponibilizamos o espaço para receber esses serviços essenciais para as mulheres, especialmente em uma região carente como a nossa, onde a demanda é alta”, observou o administrador regional Alceu Prestes.
Moradoras da Estrutural celebraram a novidade. Lara Ferreira, dona de casa de 49 anos, declarou: “É fantástico. Um espaço onde podemos ser acolhidas em caso de violência doméstica. Sou mulher e sei que também posso ser vítima.” Já Marinete dos Santos, técnica em reciclagem de 48 anos, comentou: “É uma ótima solução. Muitas mulheres aqui são mães solteiras e precisavam dessa atenção.”
Em agosto, durante a inauguração do comitê no Lago Norte, o GDF também lançou a pesquisa “O Panorama da Violência Contra a Mulher no DF”, conduzida pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPE-DF). O estudo visa traçar o perfil sociodemográfico das vítimas de violência doméstica na capital para subsidiar a criação de políticas públicas mais eficazes. A pesquisa entrevistará 5 mil pessoas em diversas regiões do DF.
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