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Câmara Legislativa debate uso de celulares nas escolas do Distrito Federal

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) promoveu, na manhã desta quinta-feira (10), uma reunião pública para discutir o uso de celulares nas escolas. A iniciativa, proposta pelo deputado Fábio Félix (PSOL), buscou abordar os efeitos dessa tecnologia na educação e nas relações sociais. “É importante refletirmos sobre o impacto dos celulares na sala de aula, mas também sobre o fato de que o acesso à tecnologia é uma questão de desigualdade social”, destacou o deputado. Ele ressaltou que muitos estudantes só têm acesso à internet nas escolas, ao mesmo tempo em que o uso excessivo dos aparelhos afeta a convivência humana.

O debate contou com a participação de diversos atores sociais, incluindo o deputado Gabriel Magno (PT), que alertou sobre o papel prejudicial das redes sociais no ambiente escolar. “Mais de 90% dos ataques às escolas nos últimos anos foram incentivados pelas redes”, afirmou, apoiado pela diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Márcia Gilda. Ela relatou que o celular tem sido usado como ferramenta de intimidação e alienação. “Além de intimidar professores, descobrimos que células nazistas estão recrutando jovens em Ceilândia”, disse Márcia.

A diretora também observou o isolamento dos estudantes, que preferem usar os celulares em vez de socializar. Segundo ela, o uso contínuo do dispositivo tem gerado a “síndrome da mente acelerada”, dificultando a concentração em leituras mais profundas. A professora defendeu um equilíbrio entre o uso da tecnologia e a promoção da convivência e da paciência para atividades intelectuais mais prolongadas.

O evento também trouxe a voz de especialistas como Andrea Galassi, pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), que representa o Movimento Desconecta. Criado por famílias preocupadas com o tempo que as crianças passam nas redes sociais, o movimento incentiva um pacto coletivo para atrasar o acesso de crianças a celulares e redes sociais. “O celular não deve ser entregue pela escola, mas pelas famílias, que são as responsáveis por regular esse uso”, explicou Galassi.

A advogada Taty Daiane da Silva Manso, representando o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF), defendeu a autonomia das escolas particulares para estabelecer regras sobre o uso dos aparelhos. Já a conselheira tutelar Rayanne Oliveira Fontenele Vasconcelos, enfatizou a necessidade de incluir uma educação digital nas escolas, lembrando que muitos alunos não possuem outra forma de acesso à internet e, por isso, o controle deve ser acompanhado por inclusão tecnológica.

A Secretaria de Educação, por meio de Claudimary Pires de Oliveira, indicou que o Governo do Distrito Federal (GDF) está disposto a revisar a legislação vigente sobre o tema, de modo a adaptá-la às realidades tecnológicas atuais. A nível federal, Ricardo Lins Horta, da Secretaria de Assuntos Digitais do Ministério da Justiça, informou que o governo está desenvolvendo um projeto de lei que recomendará a proibição de celulares para crianças menores de 12 anos.

Finalizando o encontro, Rodrigo Nejm, do Instituto Alana, ressaltou que a discussão não pode se limitar a educadores e pais. “Precisamos ouvir os estudantes, que também se sentem desconfortáveis com o conteúdo violento e inadequado trazido pelos algoritmos”, concluiu.

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Câmara Legislativa debate uso de celulares nas escolas do Distrito Federal Câmara Legislativa debate uso de celulares nas escolas do Distrito Federal Reviewed by SANTOS CAMPOS on outubro 11, 2024 Rating: 5

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