O Ministério da Cultura (MinC) foi o convidado especial da 12ª reunião do Capítulo das Américas da Federação Internacional dos Conselhos das Artes e Agências de Cultura (Ifacca), realizada entre os dias 23 e 25 de outubro, em San José, Porto Rico. A Pasta foi representada pela secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, que participou dos três dias de programação e das atividades paralelas.
Fundada em 2001, a Ifacca é a rede global de conselhos das artes, ministérios de cultura e agências públicas. Atualmente, soma 90 instituições membros, em mais de 70 países. A Federação já manifestou interesse em incluir o Brasil na lista, considerando que o patrimônio cultural e a liderança cultural do país em termos de políticas públicas são referências internacionais.
“Este encontro foi uma rica oportunidade de conhecer a Ifacca e os trabalhos realizados pelos países e executados em sistema de cooperação”, explicou Márcia Rollemberg. “Espero que as reflexões feitas nesses dias inspirem novas iniciativas e parcerias entre nossas nações, pois a cooperação é a moeda do terceiro milênio”, completou.
No âmbito da reunião dos membros da Ifacca, foi realizada a conferência da Assembleia Nacional das Agências Estaduais de Artes (Nasaa), organização dedicada ao fortalecimento das 56 agências governamentais para as artes dos Estados Unidos.
A secretária Márcia participou como uma das palestrantes da sessão intitulada Centralizar as artes e a cultura em todos os setores: um debate global interativo. Na ocasião, compartilhou informações sobre a reconstrução da agenda da diversidade e cidadania cultural participativa na atual gestão do Ministério de Cultura.
Ações do Brasil
Uma das ações destacadas pela representante brasileira foi a Conferência Nacional de Cultura, promovida em março deste ano e que trouxe as bases para a construção participativa do próximo Plano Nacional de Cultura.
Como exemplo de ação exitosa no reconhecimento a grupos e coletivos culturais comunitários, destacou a Política Nacional de Cultura Viva (PNCV), criada em 2004. Lembrou que essa experiência do Brasil inspirou diversos países latino-americanos a adotarem políticas culturais de base comunitária, o que resultou na criação do Programa de Cooperação Iberoamericano IberCultura Viva, que atualmente reúne 13 países e está sendo presidido por Márcia Rollemberg.
“No Brasil, acreditamos que a cultura não é apenas lazer ou entretenimento; é um pilar fundamental da sociedade. Ela nos conecta, reforça identidades e amplia o entendimento entre diferentes povos. A cultura também é uma ferramenta poderosa para promover inclusão e sustentabilidade, especialmente em sociedades marcadas por desigualdades históricas e estruturais”, afirmou a secretária do MinC.
Explicou ainda que, desde o ano passado, o país tem trabalhado para a reconstrução da agenda da diversidade e cidadania cultural, o fortalecimento do Ministério da Cultura e a construção de novos e importantes marcos legais, buscando fazer da cultura uma área estratégica. “Isso inclui a democratização do fomento cultural e a ampliação da participação social na elaboração e no acompanhamento das políticas públicas de cultura”, reforçou Márcia Rollemberg.
Também participaram deste debate, Magdalena Moreno, diretora executiva da Ifacca; Maria Rosario Jackson, presidenta do Fundo Nacional das Artes dos Estados Unidos; e Dereka Deleveaux-Grant, diretor de Cultura do Ministério da Juventude, Esportes e Cultura das Bahamas.
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